Resumo

Esse artigo aborda o uso dos diversos tipos de Anodos de Níquel para Cestas de Titânio e suas aplicações em processos de galvanoplastia. São discutidos diversos tipos de anodos de níquel, incluindo os S-ROUNDS, S-PELLETS, R-ROUNDS, FLATS e pellets. Cada tipo de anodo possui características específicas que influenciam sua aplicação e desempenho no processo de revestimento eletrolítico.

Os S-ROUNDS e S-PELLETS são descritos como altamente eficientes, oferecendo benefícios como dissolução uniforme e economia de energia, sendo ideais para sistemas automáticos e semiautomáticos de alimentação. Os R-ROUNDS e FLATS são alternativas para aqueles que preferem não utilizar níquel ativado, com vantagens em termos de facilidade de manuseio e assentamento durante a dissolução. O texto também menciona os desafios associados ao uso de quadrados de níquel eletrolítico, que são progressivamente substituídos por formas mais modernas e eficientes.

O que você vai aprender sobre Anodos de Níquel para Cestas de Titânio

2. Anodos de Níquel para Cestas de Titânio

2.1 Cestas e Sacos para Banhos de Níquel

2.2 Níquel Eletrolítico S Rounds e Níquel Eletrolítico S Pellets

2.3 Níquel Eletrolítico R-Rounds, Níquel Eletrolítico Flats e Níquel Eletrolítico pellets para Galvanoplastia

2.4 Quadrados e Placas de Níquel Eletrolítico

2. Anodos de Níquel para Cestas de Titânio

O níquel dos anodos é convertido em íons que são depositados no banho e reabastecem os que foram depositados no cátodo. Além disso, o anodo de níquel complementa o circuito elétrico, distribui a corrente às partes que estão sendo revestidas e influi na distribuição do metal.

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imagem meramente ilustrativa – Cestas de titânio cheias de ânodos de níquel S-ROUNDS.

O anodo ideal dissolveria uniformemente sem depositar impurezas no banho e não formaria resíduo. Também operaria em várias diferentes soluções de banhos e densidade de corrente com polarização baixa do anodo. Polarização anódica é a medida da dificuldade de converter minério de níquel em íons. Um anodo que apresenta baixa polarização é mais ativo do que aquele que apresenta alta polarização. Atividade anódica é um termo relativo e para medi-lo é necessário comparar várias características de polarização como, por exemplo, determinando curvas de corrente-voltagem.

Nas condições práticas dos banhos, naqueles que contêm cloreto, o níquel se dissolve com 100% de rendimento anódico. Isso significa que 1.095 gramas de níquel se dissolvem por hora-ampère. Como o rendimento é maior do que o do cátodo de níquel, a concentração do íon de níquel e o pH do banho aumentarão lentamente conforme o tempo. Ao contrário uma redução no pH e na quantidade de minério de níquel, indica que os anodos não estão rendendo de forma adequada.

A maneira mais simples de atender a necessidade anódica é suspender as placas de níquel com ganchos colocados em barras de anodos, para que o níquel, não o gancho, fique imerso no banho. Anodos de níquel são envoltos por sacarias de pano, impedindo assim que até a menor quantidade de resíduo insolúvel seja depositado no banho e cause estratificação no cátodo. Esse método ainda é utilizado, mas não tanto quanto antigamente.

Nos anos sessenta com a adoção de cestas de titânio deu início a uma revolução na forma pela qual os operadores utilizavam o níquel como anodo. As cestas utilizadas nos banhos de níquel geralmente são feitos com uma malha de titânio nas partes superiores, inferiores e nas laterais e são suspensas pela barra de anodo pelos ganchos que fazem parte integrante da cesta enchendo-se com pedaços pequenos de níquel. A malha facilita o fluxo desobstruído do banho.

2.1 Cestas e Sacos para Banhos de Níquel

As três maiores vantagens das cestas de malha de titânio são:

Simplificação da manutenção do anodo
Durante meses, a única manutenção necessária é o preenchimento esporádico de cesta assegurando que mantenham um nível de níquel adequado

O tamanho e a padronização da cesta anódica
A cesta cheia de níquel assegura uma área anódica uniforme, permitindo a distribuição de corrente constante no trabalho com espessura e depósito consistente para várias levas diferentes do mesmo trabalho.

Em condições normais o rendimento da dissolução do ânodo de níquel é 100% e íons de hidroxila não são depositados. No entanto, caso a medição de pH for alta, é possível que ocorra o depósito de íons de hidroxila em vez da dissolução de níquel e, assim, será produzido oxigênio. O anodo de níquel torna-se passivo e a dissolução é interrompida, e, portanto, o banho eletrolítico está com quantidade baixa de íons de níquel. Certas formas de anodos de níquel, que contêm uma quantidade baixa de ferro ou com os quais é possível obter uma corrente baixa

O tamanho real da cesta poderá ser facilmente modificado por um processo de blindagem (Figura 4).

O titânio é o material mais usado para construir as cestas, pois é forte, leve e resistente à corrosão, bem como durável e tem uma película aderente de óxido. A película, em condições regulares de um banho, previne a passagem direta da corrente do banho, mas ao mesmo tempo permite o contato elétrico com o níquel da cesta. Em condições normais de galvanoplastia, as cestas de titânio não são atacadas por Watts, 100%-cloreto, sulfamato, ou soluções patenteadas de níquel. No entanto, poderá ocorrer corrosão do titânio se o enchimento das cestas não for adequado, se a reposição não for feita ou simplesmente existirem vãos, os chamados bridges (vãos), entre o níquel. O bridging (vãos), ou seja o assentamento inadequado, ocorre quando quadrados de níquel eletrolítico são utilizados nas cestas de titânio. A dissolução dos quadrados se dá pelo processo chamado de pitting que continua até a superfície se tornar uma esponja que se destaca. A partir deste momento deixa de atuar no processo anódico. Em banhos com baixa composição de cloreto, a não ser que o pH seja mantido a 2.0, ocorrerá a passivação parcial do níquel, deixando a superfície irregular e não esponjosa, permitindo assim, que as partes frouxas se soltem.

Esse modo descontínuo de dissolução resulta num assentamento inadequado do conteúdo da cesta durante a dissolução do níquel. Por essa razão, é necessário utilizar cestas de 50-75 mm de largura. Apesar disso, as áreas esponjosas desabam intermitentemente causando bridging (vãos), no restante do níquel dentro do espaço resultante (Figura 5).

Quando há bridges (vãos), eles produzem distribuição inconstante da corrente e podem gerar passivação anódica e a corrosão da cesta de titânio (Gráfico 6). Mesmo quando o titânio não for danificado, o oxigênio e o cloro podem evoluir a ponto de prejudicar os sacos anódicos, destruir os agentes adicionais e provocar uma mudança significativa no pH do banho e a incapacidade de restituir o banho com níquel.

Em certos casos adicionam flúor borato de sódio ao banho de níquel com a finalidade de prevenir a contaminação de ferro na solução por meio da precipitação e causando depósito áspero. Até 1.2 gramas/litro de flúor borato de sódio, bem mais do que a concentração comumente usada, não danificará a cesta. No entanto, as cestas de titânio não podem ser utilizadas em banhos de níquel que tenham íons de fluoreto.

Para a operação de galvanoplastia em tanques convencionais, tanto os processos automáticos quanto os processos manuais, são satisfatórios as cestas retangulares com cortes transversais. Se forem usadas quadrados de 25 mm por 25 mm, tais cestas devem ter no mínimo 50 mm em largura, especialmente porque os quadrados tendem a ficar presos em áreas pequenas. É possível utilizar cestas mais estreitas quando se utiliza o Níquel Eletrolítico S-ROUNDS ou o Níquel Eletrolítico S-PELLETS; as cestas mais estreitas são mais baratas, ocupam menos espaço no tanque e permitem a galvanização de peças maiores.

A cesta deverá ter uma base sólida, e não uma malha, assim assegurando a capacitação a dissolução de pedaços menores de níquel. A base sólida também melhora a deposição uniforme na peça, pois ela diminui o acúmulo na peça quando esta estiver na posição mais baixa da gancheira.

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Figura 4: Modifica-se o efeito do tamanho da cesta via barreiras para melhorar a distribuição da camada. A especificação requer o mínimo de 18 microns; o gráfico do lado esquerdo a espessura sem as barreiras e do lado direito observamos a espessura alcançada com as barreiras.

Geralmente as cestas apóiam-se em ganchos que nada mais são do que a barra de titânio dobrada. Outra opção é serem os ganchos fornecidos juntamente com cavilhas de olhal para facilitar a remoção da cesta do tanque. O contato entre o gancho e a barra do anodo pode ser aprimorado fixando um grampo de latão ou cobre entre a barra de titânio e o barramento.

O tamanho da malha mais comum é 6 mm por 3 mm, malhas maiores estão disponíveis no mercado, até 30 mm por 13 mm.

É possível melhorar a distribuição do depósito na peça sendo que revestida utilizando-se um anodo menor do que a peça, posicionando-o de tal forma que a parte inferior do anodo esteja acima da parte inferior da peça. Contudo, é preciso manter a parte superior da cesta acima do nível do banho para reter a lama, assim tornar-se conveniente a utilização de uma cesta padrão cheia até o topo com níquel, com encalxe de plástico (i.e. polietileno) entre a cesta e o saco, onde há dissolução anódica não é necessária. Como as cestas são preenchidas até sua capacidade máxima, é necessária a reposição constante de anodo. Ao contrário, uma operação em que somente metade da cesta for preenchida poderá causar danos, pois como não é possível ver o nível do níquel é provável que ele caia abaixo da superfície do banho sem que o operador perceba.

Além das cestas padrões retangulares, existem cestas de outros tamanhos e formas para aplicações específicas. Cestas de tamanho médio ou cestas longas e cilíndricas são usadas em tambores rotativos ou para o tratamento de cilindros e tubos. Cestas curtas e cilíndricas são utilizadas como anodos suplementares na galvanização de serviço fundo (i.e. bandeja, prato fundo, etc.). Deve-se ter cuidado maior com as cestas cilíndricas porque normalmente a operação desses banhos são conduzidos a uma densidade de corrente alta para atingir a peça com a corrente necessária, e portanto resíduos se acumulam mais rapidamente.

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Figura 5: Formação de “bridges” (Vãos) na cesta de titânio preenchida com quadrados de 25 mm de níquel eletrolítico parcialmente dissolvidos. O indicador aponta para o maior vão criado.

Figura 6: A cesta de titânio que sofreu um ataque eletroquímico onde não havia a dissolução anódica do níquel.

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Grandes cestas circulares são usadas na galvanização de prensas de matrizes para estamparia de Compact discs, anodos auxiliares para aplicações específicas são usados em eletroformação de lâminas delgadas e malhas de níquel, objetivando uma distribuição uniforme da corrente de galvanoplastia.

As sacarias utilizadas nas cestas precisam ser duráveis o suficiente para ter uma vida útil permitindo a utilização dos anodos por períodos prolongados.

Os sacos devem ter ajuste e comprimento adequados. Alguns operadores usam apenas um saco, é necessário que este cubra justamente a cesta.

Um saco frouxo permite que pequenas partículas de níquel caiam e percam o contato com a cesta de titânio deixando portanto que uma quantidade desnecessariamente grande de lama se acumule na cesta. Com o ajuste adequado do saco as partículas de níquel permanecem em contato com o titânio, possibilitando dissolução contínua; assim, somente as partículas realmente insolúveis se tornam lama.

Conforme o acima exposto, o uso de sacos mais longos do que a cesta não é uma boa prática, resultando na perda de níquel em forma de partículas finas. Sacos frouxos são um desperdício de dinheiro, pois há mais formação de lama quando os sacos não se ajustam adequadamente.

É fácil obter um encasamento apropriado e justo empregando sacos padrões com ajustes/cordas/laços laterais, adquiridos de fornecedores confiáveis (Figura 7). É possível vestir o saco com uma fita de pano que pode ser ajustada com uma corda. Em seguida as cordas sãopuxadas de baixo para cima da cesta, assegurando um ajuste uniforme ao longo de toda a cesta. A sobra de corda é cuidadosamente amarrada por fora na parte superior da cesta. Normalmente, são adicionadas cordas separadas na parte referida da cesta para amarrar seguramente nos ganchos da cesta.

Há possibilidade de danificação dos sacos resultando na penetração de resíduos no banho; consequentemente muitos operadores usam dois sacos para maior segurança. O saco externo deverá ter um ajuste mais frouxo do que o primeiro saco para que o seu leve movimento provocado pela agitação do banho ajude a difundir qualquer concentração de solução produzida em decorrência da dissolução anódica do níquel. Em casos extremos, o aumento da concentração do anolito poderá, por outro lado, resultar na cristalização dos sais de níquel sólido e ácido bórico, deste modo interferindo no desempenho adequado do anodo.

Os materiais mais adequados e disponíveis para os sacos que irão encobrir as cestas com os anodos de níquel são algodão e polipropileno. É prática comum no encasamento duplo primeiro usar um saco de polipropileno, e depois encobrir a cesta com um saco de algodão, resultados satisfatórios são também atingidos com a utilização de dois sacos de polipropileno um sobre o outro.

É fundamental que a retirada das cestas anódicas seja feita lentamente, não agitando o resíduo que poderá forçar sua passagem do saco para o banho.

Os anodos ensacados nunca deverão ser postos no fundo, pois seu peso poderá danificar os sacos ou até mesmo provocar perfuração. Eles deverão, estar sempre suspensos por ganchos.

Caso as cestas forem submersas ou a solução banhar as cestas, há possibilidade de resíduos penetrarem o banho. Os sacos anódicos devem sempre permanecer 30 a 40 mm acima da superfície.

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Figura 7: O saco anódico com ajuste laterais.

Observamos, ainda, que os operadores enchem demais o tanque com água de torneira para compensar a perda por evaporação. Deixando a mangueira aberta sem controlar o banho, poderá transbordar para dentro da cesta e ocasionar a penetração dos resíduos no banho. Resultando em aspereza na deposição de níquel, o que independe da qualidade do saco.

É fundamental submergir a alimentação de retorno do filtro, caso contrário, a solução retornando ao tanque produzirá, com a ajuda do agente umedecedor, uma camada de espuma. Essa camada deespuma poderá cobrir as cestas e retirar os resíduos.
Uma vez a cesta ensacada em sacos de boa qualidade, deve ser manuseada o mínimo possível. Quando, por exemplo, o operador agitar o conteúdo da cesta para alcançar melhor assentamento dos quadrados eletrolíticos, isso tende a forçar as partículas a penetrarem o saco e assim contaminam o banho.

2.2 Níquel Eletrolítico S Rounds e Níquel Eletrolítico S Pellets

Quando os operadores adotaram as cestas de titânio, a forma ativada (com enxofre) de quadrados de níquel eletrolítico e, depois a forma ativada de rounds de níquel eletrolíticos, os chamados S-ROUNDS. Os S-PELLETS. Essas formas ativadas de níquel podem ser aplicadas a uma variedade maior de processos de galvanização, bem como em uma gama maior de condições que antes não era possível com os produtos disponíveis no mercado.

O Níquel Eletrolítico S Rounds são botões lisos de níquel contendo enxofre, com cerca de 25 mm (diâmetro) por 6 mm (espessura). O fluxo e o enchimento dos S-ROUNDS nas cestas é melhor do que o dos quadrados, possibilitando assim a utilização de cestas mais estreitas e econômicas (Figura 8). O manuseio da cesta se torna mais fácil devido à redução da quantidade necessária para seu enchimento. Isso também significa menor estoque de níquel, i.e. gasto menor.

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Figura 8: Cesta de 30 mm de largura preenchida com o Níquyel Eletrolítico S-ROUNDS.

Figura 9: Anodo cilíndrico preenchido com o Níquel Eletrolítico S-Pellets.

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Durante o processo eletrolítico de refinação eletrolítico do Níquel Eletrolítico S Rounds, uma quantidade controlada de enxofre ativado é preservada a fim de atingir alta atividade eletroquímica. Isso significa benefícios de redução de custos vis-à-vis formas não ativadas de níquel e resultou na adoção do uso dos S-ROUNDS de níquel eletrolítico pelo mercado de galvanoplastia na maior parte do mundo inteiro. Os S-ROUNDS são notórios por não formarem as micro-entrâncias (Esponja), e, durante a dissolução, esse assentamento ocorre espontaneamente sem formar vãos; portanto, não é preciso agitar o conteúdo da cesta. A densidade de compactação da cesta é aproximadamente 4.6 kg por litro de capacidade da cesta, a mesma densidade que o Níquel eletrolítico 1 x 1 (25 mm por 25 mm).

O Níquel Eletrolítico S-PELLETS, produzidos por um processo especial, de refinação por gás que adiciona uma quantidade pequena e bem controlada de enxofre nos pellets, tem o objetivo de melhorar seu desempenho eletroquímico. A maioria é de 6 a 12 mm de diâmetro e a densidade de compactação é aproximadamente de 6 kg por litro de capacidade da cesta. A forma especial e única dos S-PELLETS garante um fluxo regular do que apresentada por qualquer outro material. São ideais para uso em cestas estreitas ou cestas com formas específicas ou anodos desenhados para representar a peça sendo galvanizada ou eletroformadas. (Figura 9)

A facilidade de manuseio dos S-PELLETS os faz um material perfeito para sistemas semi-automáticos e automáticos de alimentação e enchimento das cestas anódicas. Esses sistemas reduzem os custos com mão-de-obra e permitem o alcance de cestas inacessíveis sem parar a linha de produção.

Além disso, a manutenção do nível adequado dentro das cestas é melhorada, pois seu preenchimento é fácil, assegurando uma área anódica constante e, portanto, uma camada de depósito mais uniforme na peça sendo revestida. O gráfico 10 demonstra um sistema semi-automático de alimentação dos S-PELLETS desenvolvido na Alemanha. A Figura 11 demonstra um sistema automático de alimentação.

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Figura 10: Desenho do processo semi-automático de alimentação do Níquel Eletrolítico S-PELLETS.
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Figura 11: Dispositivo 100% automático de reposição do Níquel Eletrolítico S-PELLETS.

O depósito dos S-PELLETS dentro de um funil misturador em uma ponta da fábrica é iniciada quando um vibrador desliza por uma calha quadrada armados com canos de plástico em declive direcionados às cestas anódicas.

Quando atingem o nível desejado de preenchimento das cestas, o cano de carregamento enche até o nível da calha e consequentemente todos os S-PELLETS passarão a ser descarregados na cesta anódica seguinte.

Ambos o Níquel Eletrolítico S-ROUNDS e o S-PELLETS são empacotados em sacos práticos de 10 kg, para facilitar preenchimento e reposição das cestas em fábricas que ainda usam o carregamento manual. O manuseio é mais fácil e seguro, pois não há ângulos pontiagudos nos quais os operadores podem se machucar e danificar os sacos.

O Níquel Eletrolítico S-ROUNDS e S-PELLETS apresentam as seguintes vantagens:

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Gráfico 12: Os níquel eletrolíticos S Rounds e S Pellets dissolvem a uma voltagem mais baixa do tanque em comparação aos quadrados de níquel eletrolítico. O gráfico dos potenciais em frente da cesta de titânio, avaliado em intervalos constantes ao longo de testes controlados de laboratório de longo prazo, demonstram que a economia inicial em energia aumenta ao longo do uso do anodo.
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Figura 13: O processo de reposição do níquel eletrolítico em quadrados por níquel eletrolítico “S”, ativado. (meio).

É imperativo não haver mistura de quadrados eletrolíticos com os S-ROUNDS e os S-PELLETS, porque os produtos ativados dissolvem mais rápido e a distribuição da corrente da cesta será alterada. Obviamente isso não significa que estes materiais estão se dissolvendo com desperdício, mas demonstra a qualidade menor de dissolução do níquel eletrolítico não ativado. Explicativamente, são precisos 913 horas/ampères de eletricidade para dissolver um quilo de níquel, mas a eletricidade através os produtos ativados é um grau mais alto.

Caso forem converter, é preferível trocar todas as cestas de uma só vez para depois diminuir a voltagem até igualar a mesma voltagem de quando estavam sendo usados os quadrados.

É possível fazer uma troca gradual permitindo que o nível dos quadrados abaixe e reponha as cestas com Níquel Eletrolítico S-ROUNDS ou S-PELLETS (Figura 13). A voltagem é reduzida em etapas para manter a corrente desejada. Numa fábrica automática onde as gancheiras com as peças passam lentamente pelo tanque de niquelação, há a possibilidade de trocar somente algumas cestas de cada vez (Figura 14). A densidade da corrente entre as cestas contendo S-Níquel será maior do que a densidade das cestas com os quadrados, mas como as gancheiras permanecem parte do tempo perante cada tipo de anodo, o resultado no total será igual.

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Figura 14: O processo de reposição do níquel eletrolítico em quadrados por Níquel Eletrolítico S-ROUNDS somente em algumas das cestas.

2.3 Níquel Eletrolítico R-Rounds, Níquel Eletrolítico Flats e Níquel Eletrolítico pellets para Galvanoplastia.

Para os operadores que optam por não usar o níquel ativado, exsistem outras formas especiais de níquel não ativado que são fáceis de manusear e têm assentamento melhor do que os quadrados de níquel eletrolítico.

O Níquel Eletrolítico R-ROUNDS é circular, com aproximadamente 25 mm (diâmetro) por 9 mm (espessura), sem ângulos e pontas, o que facilita o enchimento das cestas em comparação com os quadrados de 25 mm por 25 mm de níquel eletrolítico. Sua forma de botão promove o assentamento mais adequado durante a dissolução, diminuindo o risco de bridging (Figura 15).

O Níquel Eletrolítico R-ROUNDS apresenta o mesmo alto padrão de pureza dos quadrados de níquel eletrolítico. Embora este produto isento de enxofre exergue a presença de íons de cloreto no banho e não têm a mesma versatilidade do que os S-ROUNDS de níquel eletrolítico, a sua forma prática lhe dá vantagens que o torna uma ótima alternativa para uso de galvanização em geral.

Os anodos de níquel eletrolítico FLATS, introduzidos em 1978, estão disponíveis apenas no mercado europeu. Os FLATS são peças lisas em forma de discos com alto nível de pureza de níquel: em média, medem 17 mm por 20 mm e entre 2 a 3 mm de espessura, produto do processo de refinação de gás.

Os Anodos de Níquel não ativados R-Rounds, Pellets e ou Flats são 100% compatíveis e podem ser utilizados ao invés de quadrados 1 x 1, já que ambos apresentam a mesma densidade de compactação. Os FLATS de níquel também são empacotados em sacos de plástico de 10 kg e são bem mais fáceis e seguros de manusear e encher as cestas do que os quadrados. Os FLATS vazam prontamente e fluem pelas calhas ou por tubos facilitando o enchimento de cestas com difícil acesso (Figura 16).

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Figura 15: Cesta anódica com níquel eletrolítico R-Rounds depois de sua retirada, demonstrando o assentamento adequado (sem bridging) após seis semanas e meia de operação a 4 A/dm². Primeiro enchimento foi de 61 kg; quantidade dissolvida 35 kg.

Figura 16: O fluxo rápido do Níquel FLATS.

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Os anodos de níquel eletrolíticos FLATS também têm padrão elevado de assentamento durante a dissolução anódica em comparação aos quadrados que formam bridges (Vãos) e exigem que o operador agite para garantir que todo o espaço seja preenchido por anodo de níquel. Os FLATS podem ser usados em cestas com malha de até 30 mm por 13 mm – a mais grossa disponível no mercado.

Os anodos de níquel eletrolítico PELLETS para galvanoplastia, também disponível, é produto do mesmo processo contínuo utilizado para fabricar o S-PELLETS. A diferença básica é que o Níquel Eletrolítico Pellets para galvanoplastia não é ativado; é esférico e passa por uma triagem para assegurar que os pellets menores de 9,5 em diâmetro serão eliminados. São apropriados para cestas anódicas estreitas, ou com formas e desenhos específicos. E se possível automatizar o processo de enchimento das cestas do mesmo jeito que outras formas de pellets. Os pellets de níquel para galvanoplastia, assim como os anodos de níquel eletrolítico R-ROUNDS e os FLATS, não terão um desempenho adequado caso a solução não tenha uma quantidade apropriada de íons de cloreto.

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Figura 17: Anodos ativados e não ativados de níquel.

2.4 Quadrados e Placas de Níquel Eletrolítico

Quadrados de eletroniquel disponíveis comercialmente foram, na sua maior parte, substituídos por níquel eletrolítico S-ROUNDS e R-ROUNDS, mas ainda são bastante usados em partes da Ásia e na América Latina.

Para os operadores que preferem não usar as cestas de titânio, existe níquel eletrolítico em placas de vários tamanhos. A espessura mais grossa da placa apresenta da uma vantagem clara: o operador não terá que repor a placa tão frequentemente quanto a placa mais fina dos competidores, pois a placa durará mais tempo.

Conclusão

O uso de diferentes formas de níquel eletrolítico permite otimizar os processos de galvanoplastia, atendendo a variadas necessidades operacionais e econômicas. Os anodos de níquel como os S-ROUNDS, S-PELLETS, R-ROUNDS e FLATS, oferece soluções que melhoram a eficiência, reduzem custos e facilitam a manutenção dos banhos de galvanização. A escolha do tipo de anodo depende das especificidades do processo e das preferências do operador, mas as opções avançadas como os S-ROUNDS e S-PELLETS demonstram vantagens claras em termos de desempenho e durabilidade, apontando para uma tendência de substituição dos métodos tradicionais por tecnologias mais modernas e eficazes.


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